Wednesday, January 11, 2006

Paranóia, mistificação, análise e benzedeira

Não tem graça lembrar do guarda-chuva e esquecer o gravador _no táxi.
Ainda mais quando já se vendeu a entrevista.
Ainda mais quando o entrevistado foi gentil e generoso, com o tempo.
Ainda mais quando, há menos de um mês, um outro gravador se perdeu, num lance inacreditável (ele caiu dentro e uma caixa de som, irrecuperável. Com ele, uma entrevista com um antropólogo).
Lembra os piores períodos da faculdade, os trabalhos em disquetes que jamais abriam. Qual a real distância entre mim mesma e o êxito?
Minha irmã diria que é minha energia (como aquela vez que msn não funcionou. e se a gente tivesse conversado um monte?)
Como era, Ricardinho, a coisa do sal grosso?
Um sintoma, auto-sabotagem, essas bossas.
Uma inabilidade absoluta para os detalhes. Quase uma defesa apaixonada do mundo gauche, o sem planejamento _meu pai, dizendo: Nada combinado dá certo. Imagine viver sob esse ditado, a militância contra a poupança, família rodante.
A inteligência contra o esforço regrado. O charme outsider contra o standard.
É tudo frágil, frágil demais. Eu cansei.
Além do mais, o mundo mudou. Não há espaço para amadores.
Lembra a inglesinha do "Albergue Espanhol"? Ela virou uma sarada na continuação. Se assimila a globalização, que eu estou dizendo.
Um pouco de método a mim não me faria mal.

1 Comments:

Blogger L. said...

ah, mas como eu preciso confiar na inteligência contra o esforço regrado...

8:54 AM  

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